segunda-feira, 5 de setembro de 2011

imaginautas


sim, somos imperfeitos
se for defeito
nos faz melhores que antes, perto e distantes
sempre aqui
cada um do seu jeito
junto fazemos mais carnavais 
e se o de novo é novo 
todo diferente pode ser igual
feitos de luz e de sombra
já não assombra
não saber demais
Imaginautas voamos além dos lugares reais
Sendo o que se quiser
Crendo que o tempo nos quer 
eco do silêncio
lindos sons trancedentais

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Primeiro Assunto.mp3 - O 4Shared - compartilhamento e armazenamento de arquivos online - baixar - Primeiro Assunto.mp3

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Todas as cores

Quase todo dia de manhã, como um missionário do som
Me preocupo no que fazer, pra quem e por quem fazer.
E, de fato, concluo com o chegar da noite,
Que só com o que não me preocupei
Foi forte e criado na base da verdade
Da leveza da falta de censura 
E de previsibilidade.
E chega a lugares inusitados, corações abertos
Em casas distantes e próximas 
Onde nem sei não conheço 
Bate em portas de pobres e ricos
E nelas pode morar ou não,voltar ou ficar
Abraçou todas as cores e foi diferente, mais bonito, dono de um mundo colorido
Enfim, foi feito livre, rico em liberdade se mostrou.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lá estava ela, solta, esvoaçada no tempo
Alongada, solta
pegue a minha mão, não essa que pego em tantas coisas sem querer
a mão da minha direção
 a mão da minha história
 √á não , fique aqui em silêncio, em vão
 Vai me fazer bem ter você, ela, doce e amarga, ela
 Lembrança que faz o tempo passar.
Fica no vão que a tristeza ocupa nas horas gigantes e sem pressa
   poucas, sim, poucas são essas horas.
de noite, eu penso no que fazer  amanhã

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

minha escola de música!


Nasci na rua dos artistas, como quase todos nós
No fundo de casa, um dia na semana
Ouvia os tambores de um terreiro
E apesar da censura de quase todos os cômodos
Me sentia completamente mexido com a festa.
Na frente da nossa casa, o alto da Silveira
Onde morava Pepeu e outros novos e velhos baianos
Na verdade um altar
Seu Moura, avô de Alfredo, quem eu conheci bem depois
Respeitosamente fazia vigília ao charme moreno de minha mãe
Na Fazenda Garcia , uma banda marcial ensaiava
E outros tambores soavam riffs da áfrica
Toques pra independência, e a minha total reverência
Tão viva em meu olhar, eram asas dos meus sonhos
Tambores dores  de quem toca, adoradores da rua
Amadores do lugar,
Riachão aparecia e a grande diversão era ver a cor do lenço
Que ele trazia pra fora do bolso, cada dia uma cor, ele nunca repetia
Do lado direito da casa , morava o estranho Smetack
Inventor de família imensa, criador de outros sons geniais
Lá freqüentavam Caetano, Gil, Gal e outros lindos
Que só mais tarde , já grande , eu via no Zanzibar
Um bar onde todas iam, artistas, loucos diferentes
Enfim, todo tipo de gente que queria provar a áfrica
Pelos olhos e pelo paladar
Lady Neide e sua família, de sorriso gigante e branco
Abraçavam a cor de todos
Num pano colorido parecido ilê ayê ,
outro que só anos depois vi colorir a avenida
a alguns  metros de casa , a escola onde estudei
Ganhei festivais e fiz musicas ali eu não comecei
Comecei muito tempo antes, ao som do piano da irmã
Do violão dos irmãos e principalmente
Desse som dos terreiros e bandas de musica
Toques que nunca esquecerei
E quando recordo, meu olhar nublado
De tão encantado, confirma
 Já estava tudo escrito, tudo previsto e marcado
Eu só fiz andar sobre as notas que o caminho me mostrou
A minha escola de musica



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nossa história acaba aqui

Nossa história acaba aqui
Sem ter nem sequer começado
Ela acaba assim
Sem cara de ter existido
Na verdade sem alma
As coisas não podem ter nascido
Que dirá terminar ou morrer
No fundo eu sei que foi
Apenas o que tinha que ser
Uma noite pra se ter saudade
Uma história que eu quis alongar
Hoje num plano do real
Nela não há nenhum mal
Pois meu bem  está em casa
E sei que de lá não vou mudar
Meu lugar não é na estrada torta de rasas paixões
Hoje eu volto pra casa
Longe de indecisões

sábado, 4 de dezembro de 2010

Depois de ontem

Me enganei  por saber que seria assim
Eu sou um bobo e aproveito pouco rir de mim
Quando invento a certeza, crio ilusão
Deixo minha alma presa nua sem amor ou paixão
Deixei tudo em sua mão que dizia me querer
Na verdade em você eu procurava o que em mim
Sentia falta
Ser enfim o outro eu
Belo solto novinho
Dono do mar, sem camisa
Aquele amor instingante
Aquele novo carinho
O  tal cara interessante
Porisso mesmo, impossível
Fazer de uma coisa pequena
um gigante inatingível
Esse vazio eu já flertava
Me enganando de novo
Por tão pouco arrastava a asa
Meu Deus Como sou tolo!

E hoje que decidi ser mais homem que sonho
Me doi  sorrir sentir um começo maduro
Sei, acendi o escuro e apaguei o improvável
Me isolo dentro de mim
Quanto a você, boa sorte
Se foi preciso um fim uma virada ou a morte
Prefiro a que escolhi
Eu sendo eu mesmo e mais forte