quinta-feira, 25 de março de 2010

Soneto da explicação

Aquela poesia não é minha, não é sua, é de quem ler
As minhas palavras quando ganham vento
Vão a lugares que nem eu mesmo posso ver
Podem durar eternamente ou por um momento

Não pense que sou dono absoluto, sem ciúmes e sem luto
Sou humano, sou estranho, um poeta uma confusão
Em mim moram a terceira pessoa, você e o mundo
Não perca tempo em descobrir a fonte de inspiração

Por que ás vezes nem sei, ás vezes nem há
Ás vezer não quero dizer, admitir
nem pra mim, pra ninguém, nem pra você

A poesia não precisa de explicação
Se minha rima causa alguma satisfação além de nós , que bom
Cabe a ti "resaber" que é todo teu meu coração

4 comentários:

Nathy Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nathy Freitas disse...

Lindo!!!

Poesia é como o ar, vc não vê, mas sente; ele chega sem saber pq, horas numa brisa suave, outras em um vendaval.. mas sempre presente.

Lendo seus versos aqui, posso afirmar que SIM!, causam sempre satisfação e um imenso bem estar.

Ahhh, e alguns posts se tornam pauta de conversas no 'boteco' da esquina, na praia....

bjoos saudosos e minha eterna admiração :-)


ps: "Cabe a ti "resaber" que é todo teu meu coração. "

Anônimo disse...

A poesia, de fato, depois de escrita, exposta, já não nos pertence. Cada um que se identifique, ou não, cada qual que interprete de um modo... E inspiração, as vezes, não vem de lugar qualquer, apenas dá aquele estalo na cabeça com uns versinhos e logo ela está pronta pra voar por ai.

Lary Félix disse...

Nan...
que poema mais lindoo...
me lembrou um poeta.. mas me esqueci o nome, não sei se é Drummond ou é outro, mas enfim gostei muitoo... de verdade.

berros...
e que Deus te ILUMINE